Dor pélvica crônica: um desafio que afeta também os homens
23/11/2023
Dr. Carlos Marcelo de Barros

Homens, atentem-se! Se vocês têm experimentado dor na região da pelve por um longo período de tempo, é hora de acender o sinal de alerta. Esse sintoma pode ser um indicativo da Síndrome da Dor Pélvica Crônica (SDPC), uma condição que, muitas vezes, passa despercebida e pode comprometer significativamente a qualidade de vida.
A complexidade da doença está relacionada a uma interação complexa entre o sistema nervoso e a musculatura pélvica. A tensão constante, muitas vezes causada por preocupações, ansiedade e nervosismo, pode levar à compressão dos músculos pélvicos e assim resultar em dor e desconforto persistentes.
Importante destacar que o diagnóstico é frequentemente de exclusão, ou seja, outras causas orgânicas devem ser descartadas antes de se chegar a essa conclusão.
Quais sinais são importantes de observar?
- Dor ou desconforto na região do períneo, área suprapúbica, pênis e testículos.
- Dor ao urinar e ao ejacular, sintomas que podem ser confundidos com outras condições, como infecções urinárias.
- Urina com fluxo lento, intermitente e irritante, um sinal revelador de problemas no trato urinário inferior.
- Aumento na frequência e/ou urgência para urinar, desconforto adicional que afeta a rotina.
- Problemas de ereção e ejaculação que impactam a vida íntima.
- Em alguns casos, a doença causa dores em todo o corpo e extrema fadiga.
- Cistite intersticial e síndrome da dor vesical, condições que envolvem inflamação da bexiga e dificuldades urinárias.
A SDPC não escolhe idade, mas é mais comum em homens jovens ou de meia-idade. O tratamento exige uma abordagem multidisciplinar, com a possibilidade de envolvimento de fisioterapeutas para reduzir a tensão muscular e aliviar a dor.
Além disso, reservar tempo para o descanso é fundamental para minimizar o desconforto e melhorar a qualidade de vida.
⚕ Dr. Carlos Marcelo de Barros – MD, PhD, FIPP
CRM/MG 39.448
Anestesiologia RQE 16.085 / Área de atuação em Dor RQE 42.108 / Medicina Paliativa RQE 47.014